Páginas

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Primeiro passo: Observar e entender a estrutura do rosto



Antes de começarmos a prática da caracterização ou efeitos é necessário ter um pouco de noção da anatomia do rosto. Ao longo deste módulo, na oficina, estamos desenvolvendo a


parte técnica apresentando algumas técnicas e produtos específicos para realizarem envelhecimento e outros tipos de caracterizações. Logo mais teremos uma fera nos efeitos um convidado especial: Gilberto Tavares, convidado a mostrar seu trabalho e apresentar algumas técnicas na composição de um personagem.
Por isso é bom se aprofundar e estudar mais para poder desenvolver um bom trabalho.

Deixo este link de um site muito bom de efeitos e muito mais: “Noções sobre maquiagem: site (MSFX)”. Ver link: http://www.geocities.com/themsfx/maq1o1.htm
Para que vocês se aprofundem nesse estudo.


Anatomia da Face


"O conhecimento de anatomia é essencial para um artista de maquiagem. Não é necessário saber o nome técnico do osso ou músculo, mas principalmente o seu lugar. Assim, não é nenhuma virtude se referir ao osso zigomático quando o termo maçã do rosto é mais facilmente reconhecido. No entanto, em alguns momentos os nomes técnicos são necessários. O termo testa é útil quando nos referimos a ela como um todo. E na maquiagem raramente isto é feito. Da testa as regiões frontal e superciliar são muito usadas em sombreado e realce. Neste caso, assim, o termo técnico é mais adequado. Conhecer os ossos da face é importante principalmente nas situações de avanço de idade, e os músculos podem não ficar tão firmes, de forma que nas pessoas muito idosas parece um crânio com pele. Este é um efeito impossível de se obter a menos que você saiba onde ficam os ossos da face.
O que muitas vezes é referido como mandíbula inferior é chamada de mandíbula e a superior é chamada de maxilar. O osso nasal é a parte dura da base do nariz. O restante do nariz é formado por cartilagem. A importância de distinguirmos as duas regiões da testa já foi citada. Em algumas pessoas estas regiões são claramente definidas, especialmente quando a fonte de luz é apontada sobre a cabeça, formando uma sombra suave ente elas. Em outros indivíduos a testa pode ser mais suave e arredondada sem depressão entre elas. As maçãs do rosto ou o osso zigomático são um dos ossos mais importantes para o artista de maquiagem. Algumas pessoas o tem mais proeminente e outras não".

Vejam o restante no site da MSFX!


A caracterização pela ótica do Visagismo

O que diz Philip Hallawell, em seu livro “Visagismo integrado – identidade, estilo e beleza/ editora SENAC (pg 204,205) sobre a relação da caracterização com o Visagismo, Vejam que legal:

“A caracterização é a construção visual do personagem, e inclui a maquilagem, o penteado e o figurino que o ator usa em cena, seja no palco ou na tela.
O conhecimento do visagismo evidentemente facilita esse processo. A grande diferença entre caracterização e a construção da imagem visual é que, na caracterização, o diretor estabelece o que quer que o personagem expresse, enquanto que, na criação de uma imagem pessoal, o profissional precisa descobrir o que o cliente deseja expressar. Toda caracterização é feita de acordo com o princípio de que a função define a forma, porque, primeiro, define-se o que o personagem deve expressar, e depois, a imagem em si. Aliás, quando se trabalha com a caracterização, o conceito “a função define a forma” fica muito claro. O profissional tem de saber como traduzir uma intenção numa imagem, o que nem sempre é fácil. Sem um bom conhecimento da linguagem visual, ele precisará de muita inteligência visual para trabalhar somente com a intuição. A maioria dos profissionais de beleza não dispõe nem do conhecimento da linguagem nem de suficiente inteligência visual, o que limita a área de caracterização de personagens, fazendo com que seja percebida como difícil.
O trabalho deve ser feito em equipe – com a participação do maquilador, cabeleireiro e do figurinista -, para que, seguindo-se um conceito, seja alcançada a harmonia entre todos os elementos que compõem a imagem. A supervisão fica a cargo do diretor do filme ou da peça. Também é importante saber como o próprio ator está vendo seu personagem. Quanto mais informação o visagista receber sobre o que o diretor e o ator pretendem expressar por meio do personagem, mais poderá colaborar para construí-lo.O próprio ator também se beneficia com o conhecimento sobre o visagismo na hora de criar os gestos, o porte, o andar e sentar do seu personagem, de acordo com o que deseja transmitir”.